domingo, 20 de setembro de 2009

CONTROL

Não poderia existir melhor homenagem ao grupo e ao homem-rapaz por detrás da banda que imortalizou temas como Disorder, Love Will Tear Us Apart e, my personal favourite, Transmission. E essa dedicatória teria que surgir como aqui é apresentada, a p&b, opção do fotógrafo realizador Anton Corbjin que pretende assim partilhar o seu imaginário de adolescente em que esta banda reside em cores cinza e a sombreados.

A banda é Joy Division e o homem Ian Curtis, brilhante e depressivo em toda a sua magnitude de adolescente (naturalmente) amargurado. A sua purga era a música e a banda aqui metralha riffs de guitarra frame a frame enquanto acompanhamos a curta vida de Curtis decaindo após cada ataque de epilepsia.

O filme é brilhantemente interpretado e filmado, este filme é perfeito em tudo! Sam Riley como Curtis está soberbo e em conjunto com os restantes actores que representam a banda, encarnaram mesmo nos Joy - nos momentos em que entra a música são eles que a tocam, eles que a cantam, eles que a levam, eles que se agitam, eles que conduzem, eles que nos encantam. E a personagem do Toby Kebbell está deliciosa como manager do grupo!

O filme é um biopic assumido de Curtis e da sua absoluta necessidade de CONTROLe sobre a sua doença e a sua vida. E a nós sobre a nossa.

E a realização, a realização! É do melhor que tenho visto e terá a ver certamente com o percurso de Corbijn: fotógrafo reconhecido que chegou a colaborar com os Joy e outras bandas e que realizou diversos clips para grupos como os Depeche, Nirvana e os Metallica. As opções são tão trabalhadas, o trabalho de direcção é tão de ourives, tão rendilhada o trabalho de câmara que este filme se assume como uma obra prima. A ver e ouvir absolutamente!

Visto no Primeiro Couch Film Fest, LX, Julho de 2008

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