segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

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A SCANNER DARKLY




















Não sei se deva começar a incluir fichas técnicas nos artigos - se receber três sim, então sim, senão não. Também a inclusão de enlaces (uma das palavras que temos disponíveis na nossa língua para designar links) é uma trabalheira. Não sei se os inclua, esse copipastear em arroto de teclas é um conturbado cansaço para mim. Enfim, filmes.

Uma colisão entre alguns poucos filmes de que me vou recordando é o que me ocorre, agora que evoco este filme de Richard Linklater e também enquanto vou formando linhas que se espremem do meu pensamento. Um pouco de Traffic - um travo a Naked Lunch (tanto filme como livro, leiam e vejam mas protejam-se bem) e ainda Rush a saltitar num filme adaptado dum livro de Philip K.Dick. Esse mesmo, o do magistral Blade Runner e do mais recente RM. A droga e a possibilidade de demência por ela induzida lado a lado, a luta constante e a assumpção da batalha perdida por parte de quem a combate diariamente e finalmente - o polícia, que se infiltra no submundo para que o contamine por dentro e por ele acaba contaminado.

Além de ser uma boa história habilmente contada por Linklater - terei que ler ainda o livro - este optou também e à maneira de Waking Life, por usar a técnica do Rotoscoping (desenho sobre acção real filmada). Se no Waking Life a técnica resulta necessariamente pela beleza estética e curiosidade técnica que se procurava, aqui acaba por ser uma nova camada de irrealidade a juntar à já bastante abstracta visão do mundo da personagem central - simultaneamente polícia infiltrado, traficante vigiado, terrorista acusado, vigilante dele próprio enquanto polícia e viciado na fictícia substância D.

Se a descrição não passa uma ideia de que é suficientemente confuso, o filme pode ser mesmo mais do que ligeiramente perturbador. 

Visionado nas Flores Sessions - Lx

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EAT DRINK MAN WOMAN




















Magnífico filme de Ang Lee - um dos três da sua fase de Taiwan, antes da aclamação com Brokeback Mountain, e que o  revelou um realizador detentor duma irregularidade bastante curiosa, no meu entender.

A sequência inicial em que o protagonista prepara o jantar de Domingo é encantatória - Chu esmera-se na cozinha pois é a forma que tem de comunicar com as suas três filhas, e é pelo detalhe da confecção, pelo esmero que tem na cuidada mistura dos ingredientes e na obtenção do sabor perfeito dos seus elaborados cozinhados tradicionais chineses que ele (mestre cozinheiro semi-aposentado) lhes tenta chegar.

Os jantares de Domingo são um ritual a que as filhas tentam silenciosamente escapar - ele, viúvo e com o seu mais necessário sentido desaparecendo, o paladar. Elas, três irmãs tão diferentes entre si no que fazem em vida mas tão idênticas no que buscam - o amor. O pai lentamente se vai aproximando delas à força de garfadas de vida enquanto que para cada uma delas a composição do prato do amor se prepara com resultados bem distintos, ora em excesso de tempero, ora em perfeição para o palato, ora agridoce ou insonso e talvez ainda bem amargo.

Os filmes que nos conquistam pela boca, os filmes que no enchem os olhos, os filmes que vivem de afeições de sabores, de cozinha, de tachos e panelas e dedicações às papilas gustativas. Lembrei-me agora assim de repente de Chocolate e do Como Água para Chocolate, filmes desde livros onde é o paladar (e o olfacto e a visão e até o tacto - que os sentidos dançam todos em proveito do estômago) o centro do prazer. Ou ainda, lembrei-me agora, do truculento O Cozinheiro, o Ladrão, a Sua Mulher e o Amante Desta. A vida é um prato - há que a saborear demorada e prontamente. Ou engasgarmo-nos no processo.

Visto na Flores Sessions , Lx

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OS HOMENS QUE ODEIAM AS MULHERES (filme)




















Depois de ler o livro de Stieg Larsson - o primeiro da série Millennium com o nome de Os Homens que Odeiam as Mulheres, traduzido para inglês com o título The Girl with the Dragon Tattoo, vi agora o filme sueco-dinamarquês que é a primeira das adaptações ainda escandinavas. Nunca esperei vir a dizer que anseio pelas versões americanas e que sairão algures durante o próximo ano, para que se apague da minha memória esta péssima adaptação que vi ontem.

Além de centrar toda a história em torno de Lisbeth Salander - a tal da tatuagem com o dragão, aproximando-se aqui do Red Dragon - a história perde-se em infinitos detalhes que a deixam a  perder em relação ao livro. É certo que seria tarefa complicada transportar para o cinema uma obra de 500 e tal páginas e tão densa em personagens, genealogias e acontecimentos. Mas poderiam ter feito muito melhor, até porque lhe aponto dois grandes e graves erros:

1 - o filme foi feito para quem tenha lido o livro - fãs, portanto - mas apaga-lhe características importantes que - ironicamente - fizeram com que o livro fosse o sucesso que fosse. Assim nenhum fã ficará satisfeito e quem veja o filme sem ter lido o livro terá que recorrer a este para preencher os muitos buracos da história.

2-  o guião é ele todo um grande erro! Aponto-lhe milhentas falhas que fazem perder o filme em relação ao livro. E se é certo que um filme nunca poderá chegar à densidade que um livro oferece, este poderia e deveria ter ido mais além na construção do livro de Larsson e na sua muito esperada passagem para o cinema. Além do notório erro de casting na selecção da actriz para Lisbeth (eu vejo-a como a Nikita de Besson e como tal seria perfeita - misto de adolescente púbere e femme fatale, tal como no livro) outros erros saltam à vista, como geográficos (a ilha que funciona no esquema de sala fechada como nos clássicos da literatura policial) e que aqui não é assim mostrada, as relações de Michael que são importantes para o fluir da história e para os avanços das suas descobertas (e que no filme desapareceram) e muitos outros (como o polícia estar ainda no activo, as imprecisões de nomes e passados, o revelar tardio da morte de Gottfried, a morte precoce de Anita, etc).

Este filme é um rotundo falhanço e uma péssima homenagem ao livro. Venham os americanos, por favor!

Visto por LX - Flores Sessions

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BUFFALO 66




















Vi finalmente o filme Buffalo 66 de Vincent Gallo - produzido, realizado, composto e protagonizado por este. Agora falta-me o The Brown Bunny - o polémico TBB. Buffalo 66 é um bom filme, é aquilo que esperava, ou seja, um pequeno épico sobre um anti-herói marginal - oprimido, acossado, abusado, agressivo, à margem da sociedade e completamente ignorado pelos pais.

Ao sair da prisão e na expectativa de reencontrar os pais - que acreditam que ocupa posição de destaque num serviço governamental - encontra uma rapariga para que se faça passar por sua mulher. É necessário dizer que o seu interesse é eliminar o jogador de futebol que falhou uma jogada no SuperBowl fazendo com perdesse uma aposta - tendo para isso e para pagar uma dívida para com o mafioso que lhe deu crédito (um pequeno papel de Mickey Rourke) tomar culpa e ocupar o lugar de um criminoso na cadeia. É necessário dizer também que a rapariga que rapta acaba por se apaixonar por ele e em isso, relutantemente, ele lhe retribui.

Falhando na vida, falhando como marginal e afectivamente um desastre é dessa partilha do seu difícil progredir diário que vive o filme. E é bom, é um road movie urbano - um Kerouac feito filme que me lembra o díptico do Coppola - Rumble Fish e o The Ousiders, mas com um homem só.

Visto nas Flores Sessions, Lisboa

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ÁGORA





















Este foi o filme mais honesto que me recordo de ter visto sobre a época clássica. Dos que me vou recordando enquanto componho estas linhas não encontro nem um em que o interesse histórico e a curiosidade fílmica não tenham sido ultrapassadas por um gostinho demasiado acre a falta de rigor histórico. O recurso à espectacularidade é desnecessário, mas convenhamos, um filme é um produto comercial e alguns dos ingredientes acrescentados a (por exemplo) Gladiator, 300, Cleópatra, Ben Hur, Quo Vadis, Spartacus e outros tantos, só os fizeram ficar mais apetecíveis enquanto produto e portanto, mais vendáveis.

Em Ágora encontram-se alguns retoques ao guião com esse propósito mas nada que o estrague verdadeiramente, até porque a incursão americana de Amenábar não é assim tão profunda (desde The Others e seguido por Mar Adentro). Ágora conta a história da filósofa / astrónoma e matemática Hipátia de Alexandria no Século IV. Encontramos o Império Romano em decadência e em plenas lutas religiosas - os diversos grupos confundem-se com os estratos sociais e afirmam-se com crescente extremismo e violento antagonismo. Se os pagãos são ainda a classe política e intelectual dominante dos cidadãos patrícios romanos e os judeus os comerciantes, são os cristãos - ainda não divididos pelo primeiro Cisma - que constituem o grosso das classes baixas e da classe escrava. Enquanto o Império se desmancha é no seu seio, muito alimentado pelas diferenças económicas e sociais, que frutifica a religião cristã em detrimento das anteriores divindades (e hierarquia social) do Império. Hipátia pertence à classe dirigente de origem helénica - ensina na Biblioteca de Alexandria e preocupa-se apenas com o avanço do conhecimento filosófico, longe das terrenas questões teológicas.

A história de Hipátia - que se encontra documentada - é extremamente bem contada e serve para nos introduzir dentro da época conturbada de então, o rigor histórico é extraordinário (sobretudo na reconstituição da cidade de Alexandria e da sua biblioteca, por via de maquetes e computação gráfica), os desvios são mínimos e destinam-se a adocicar a história (a morte de Hipátia é bastante mais leve no filme do que o foi realmente - presume-se) e a tornar o filme emocionalmente mais acessível (o amor platónico do escravo de Hipátia por esta e o seu interesse pela astronomia). O único erro que aponto a Amenábar é a recriação do líder religioso cristão como um fanático - o que até pode não andar muito longe da verdade, não fosse a actuação do actor se aproximar perigosamente à ideia que temos de extremista e terrorista.

O filme é excelente e recomendo. Deslumbrem-se como eu com as vistas aéreas de Alexandria.

Visto contigo - Picoas, LX

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AVATAR





















Não é arbitrário que eu considere Avatar insuficiente e não o considero assim por tomar de ponta o cinema dito “mainstream” norte-americano (ou seja, os filmes saídos do ventre da poderosa máquina dos estúdios norte-americanos - lide Hollywood - em oposição ao cinema independente americano e em forte contraste com o cinema europeu e os fenómenos Bollywood e Nollywood).

É precisamente por ser um seguidor entusiasta do cinema de aventura e entretenimento com o qual etiqueto Avatar (definitivamente mais próximo na forma de um Indiana Jones do que de um Star Trek), que o questiono por ser exigente com esse formato - não destacando um cinema de autor em detrimento de um cinema de massas. É exigência e não purismo, pois seria absurdo apelar a uma pureza num género que se resume em não se resumir.


A primeira metade do filme começa bem - somos levados até ao universo luminoso e hostil do planeta Pandora através da personagem central de Jake Sully, um marine paraplégico que é integrado no projecto Avatar. Avatar (do sânscrito para descida - encarnação e divindade) é o programa iniciado pela equipa de cientistas terrestres para interagir plenamente com a raça autóctone humanóide dos Na´vi - pois a atmosfera do planeta é tóxica e os próprios Na'vi são além de avessos a interferências exteriores também fisicamente bastante diferentes dos intrusos humanos. É criado um corpo híbrido - o avatar - combinando material genético terrestre e Na´vi que serve de veículo para que os cientistas estudem o planeta mais tranquilamente, mediante a transferência de consciência do humano e a sua perfeita fusão com o seu hospedeiro avatar (o que permite que Sully seja plenamente funcional). A descrição de Pandora como paraíso habitado por uma raça mística em comunhão com a natureza é entrecortada com a crescente ameaça militar por parte dos colonos terrestres ávidos pelo precioso mineral unobtainium, do qual infelizmente um dos maiores depósitos repousa no subsolo da morada ancestral da tribo Na´vi retratada no filme.

A tensão que se vai estabelecendo entre a pesquisa pacífica interessada e o da mineração comercial interesseira (suportada na máquina de guerra terrestre) e a relação destes dois poderes antagónicos com os Na´vi é o esqueleto de um filme que se pode assumir como libelo ecológico e de clivagem cultural. A situação que se degrada rapidamente entre um povo mais avançado (terrestre) e outro considerado de arcaico (Na´vi) assume contornos de colagem ao que aconteceu entre os povos nativos americanos e os europeus (é óbvia a reminiscência que encontramos nos Na´vi com os povos ameríndios desde a linguagem ao folclore e ao seu equilíbrio com a fauna e flora de Pandora). Além desta referência genérica Cameron baseou-se em diversas outras - segundo suas próprias palavras - que o acompanharam na infância e juventude. Tal imaginário é explícito com exemplos facilmente identificáveis como Dune (Na´vi como Fremen, Spice Melange como unobtainium, Pandora como Dune...) e as sagas Starwars e Senhor dos Anéis, entre outras. A avidez mercantil dos colonos terrestres é também equiparável à da viciosa Company da saga Alien - à qual Cameron muito acrescentou.


Esta recolecção do realizador não oprime o filme e é um contributo até necessário para uma identificação mais imediata da audiência com a atmosfera própria de Avatar. Até porque um filme será sempre uma combinação da cultura cinematográfica daqueles que o antecederam. Temos então uma epopeia ecológica capaz, sustentada numa história e ambiência interessantes e com características bastantes para divertir (e até deslumbrar) o espectador. O filme podia ser eloquente, mas não é. Começa perfeitamente, baseado em premissas atractivas e os factores que poderiam ser castradores do género (como a falta de profundidade das personagens e o recurso desenfreado à tecnologia) só lhe acrescentam e não fatigam.


Porquê então o considerá-lo insuficiente? É precisamente a partir do momento em que a personagem Sully se assume como messiânico salvador e protector dos Na´vi que se deixa tudo a perder. O factor Rambo enfastia assim como também a busca identitária por um super-homem invencível e extraordinário. A demanda do ícone é a queda do filme e o que o faz embrulhar-se sobre si próprio sem uma resolução inteligente. A Ripley de Alien sofreu escoriações e até Indiana tinha dias não - mas Sully ocupa com facilidade o lugar de semi-deus entre os Na´vi. Um filme que poderia ser muito acaba por ser menos do que poderia ser ao ser trapalhão com a evolução da sua improvável personagem central. Cameron poderia ter escolhido enveredar por uma construção psicológica e relacional ao estilo de anti-herói mas decidiu atribuir-lhe mais de simpatia e de divino (e com alguma imbecilidade à mistura) num misto de Costner de Dança com Lobos, Stallone de Rambo III e de Pata-Jaguar de Apocalypto. E isso contribui para uma segunda metade do filme que deixa o sabor a insatisfação.


Apesar de tudo mantém-se a sugestão para que o vejam - mesmo que seja considerado como de qualidade (final e global) inferior. E ao verem-no, vejam-no em 3D - a experiência será duradoura. 


frase :: James Cameron e (a sua caixa de) Pandora
classificação :: 2  

Leiam a crítica na Revista Take n21 em http://take.com.pt

UNS BELOS RAPAZES




















A curiosidade maior é ver que este filme é uma adaptação do comic realizado pelo próprio Riad Sattouf - que recupera a sua obra e aqui a transforma em filme. A paisagem de subúrbio francês é facilmente perdida em devaneios de acne e de bullies de escola e o que poderia ser uma possibilidade interessante para escalpelizar as diferenças sociais e culturais francesa é perdida - assumindo que existem e não apenas as aflorando sem as escavar minimamente como aqui.

Eu não peço um novo La Haine nem peço que tudo o que venha deste meio se preocupe em mostrar o feio e o real - mas também estou farto de filmes ocos em que o acontecimento mais explosivo seja o de o rebentamento de uma borbulha ou o espionar dos vizinhos da frente enquanto se banqueteiam em sexo.

Apesar de tudo, gargalha-se neste filme - mas só. A secura de garganta veio depois e ao me perguntarem que descrevesse com alguma exactidão o que tinha visto já as palavras se atropelavam tentando constituirem-se em frases. É difícil resumir o não resumível por falta de substância. Ficou o grito pela aparição dos primeiros pêlos púbicos.

Visto no King - LX

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RIDICULE




















Ridículo é ter visto um filme que podia até ser sido interessante com legendagem em inglês mal feita. Como o filme vive do jogo da palavra, do axioma e da parábola e o meu francês não lhe chega a tanto - vi-me limitado a pouco mais do que ir entendendo a espaços o que esta obra de intriguismo palaciano e de alcova ia discorrendo.

Sub-titulagem em francês teria sido melhor e perde-se a hipótese de lhe achar apenas alguma graça quando poderia ser mais do que engraçado. Similar no estilo a um Barry Lyndon e recordando-me na forma o Ligações Perigosas ficou no entanto o sabor de algo que faltava - o esquivar a uma conclusão capaz contribuiu para tal, mas assumo que o não entendimento total do jogo da linguagem de que vive o filme tenha talvez feito com que dele não gostasse.

A repetir.

Visto em LX - Flores Sessions.

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O LAÇO BRANCO












Palma de Ouro de Cannes em 2009 e multi-premiado filme austro - whatever - alemão, este não é decididamente um filme tipo de Haneke. Mais do que um filme delimitado por desconfianças territoriais, financiado a partir de diversas localizações europeias, contando com um alinhamento de actores sobretudo austríaco, filmado e retratando uma cidade alemã - o filme é de Haneke e também um produto europeu.

Tem condimentos de Haneke mas afasta-se do que poderia ser categorizável como absolutamente seu. Mais do que um produto com uma marca - é este filme uma marca e deixa alguma marca. A vida de província corre monótona a preto e branco mas é interrompida por pequenos crimes que permanecerão por decifrar. Assiste-se a movimentos sub-reptícios e demasiadas palavras que ficam por dizer - ou umas quantas outras que se gritam quando não eram necessárias - e a atmosfera geral é pesada, claustrofóbica e geradora de confusão. Haneke portanto. Mas falta-lhe bastante mais de jogo mental e de mal-estar para que sejam mais do que uns simples "Funny Games".

O postal que é gerado preocupa-se mais em mostrar a vida pachorrenta e a tempos brutal de uma vilória germânica pouco antes do eclodir da primeira grande guerra.

Visto em LX - Flores Sessions

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OS HOMENS QUE ODEIAM AS MULHERES




















Foi-me oferecido e apresentado como um libelo feminista, coisa que vim a verificar não corresponder - com exactidão - à verdade. Este é um livro de literatura policial sueco e, passe as curiosidades, escrito nas horas vagas por Stieg Larsson, activista feminino e social que faleceu ainda antes de os livros - este é a primeira parte da trilogia Millennium - fossem publicados. Depois de um sucesso de vendas galopante em 2008 e depois também de adaptados ao cinema na sua língua materna, já se fala de adaptações americanas (surge sempre um remake made in Hollywood quando o hype gerado é dramático como aqui foi).

Gostei verdadeiramente do livro e mal posso esperar pelos restantes e pelos filmes - que me preocupo em sacar ainda antes que estreiem todos. Fiquei contaminado pela personagem central, pela anti-heroína Lisbeth Salander (lembra-me Nikita do Luc Besson) e pelas atribulações da demasiado disfuncional família Vanger. É uma leitura que recomendo vivamente. Só para que percebam ao grau que cheguei de avidez ao lê-lo é que me tomou apenas três dias e o romance tem 500 e pico páginas.

Lido por LX


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